Ensinamento

"Não há fogo como a cobiça,
Nem crime como o ódio.
Não há sofrimento como a separação,
Nem doença como a insatisfação do coração.
Não há alegria como a alegria da liberdade.

Saúde, contentamento e confiança
São as tuas maiores riquezas.
A liberdade a tua maior alegria.

Contempla o interior.
Sê sereno

Livre do medo e do apego,
Conhece a doce alegria de percorrer o caminho. "

Dhammapada

Traduzido para inglês por Thomas Byrom

Os Ensinamentos do Buda
Tradução de Conceição Gomes e Tsering Paldron

Jardim


É um erro dizer-se que todos os Homens são iguais, pois de facto, eles não o são. Mas assim como a diversidade das flores plasma a mais bela ideia de Jardim, assim, o Homem foi feito na diversidade para plasmar a mais bela ideia da Humanidade, o Amor.

Vontade

A acção pelo dever, a mais pura plasmação da força de vontade, sem a expectativa de qualquer recompensa, transmuta os complexos da personalidade em sublimes ideais e por conseguinte eleva o Homem à essência do seu Ser.

Sutta-Pitaka

Disse Buda:

“As condições sobre as quais nos encontramos são fruto daquilo que pensamos; ficam fixadas na nossa mente; são criadas por ela. Se um Homem fala ou age de mente impura, o sofrimento segue-o de perto, tal como a roda de um carro segue os cascos do boi que o puxa”

“ Na verdade o ódio jamais se apazigua com o ódio. O ódio apazigua-se com o Amor, é uma lei eterna.”

“Aquele que recita poucas escrituras, mas actua conforme elas, ou seja, rejeita a cobiça, a ignorância, as paixões; alcançou o recto Conhecimento, desapegou-se das coisas deste mundo e desenraizou de si mesmo o desejo de vida futura, comparte os frutos do recluso”


Dhammapada,Yamakavagga

Lotus


Para Reflectir

“A Sensação é o nosso mensageiro e a Inteligência o nosso Rei”

Plotino

É Tempo

A Angustia de se ter a consciência que se está só, mesmo que sejamos os donos do mundo, é algo que aumenta no Homem a cada dia, a cada noite que passa. Cada um de nós pode constatar por si mesmo.

Quer o Homem estar feliz constantemente e então foge, corre por vários países, lugares, festas, diversões, para evitar o momento, aquele momento em que está só, no silêncio do seu espaço naquele silêncio que o arrasa.

Todo o Homem é forte, mas mais forte que o Homem é o tempo. Que todos tenhamos a consciência disto.

Ou o tempo é nosso companheiro, ou é nosso adversário, pois é ele que nos conduz ao nosso confronto pessoal.

A Sociedade cria em nós a ilusão que tudo está bem, e nos oferece mil e uma imagens, actividades, entretenimentos para nos esquecermos dos momentos de angustia, solidão e sofrimento, mas eles lá estão e como monstros que são, alimentam-se da fraqueza humana, cada vez são maiores no nosso interior, ao ponto de as lágrimas correrem, a coragem tombar e a vontade se dissipar e então, a depressão toma conta do ser e o conduz à lástima do que foi. O brilho perdido daquela alma que quando criança era o mais belo sol da rua onde nasceu.

Com o amor próprio perdido, e falo em amor e não na palavra gasta que percorre todas as bocas desta terra, surge o fanatismo, quer na sua vertente individual, que afasta o Homem do Homem, onde o Homem só procura no Homem a satisfação de prazeres e desejos temporários ou na sua vertente social, aliado ao fanatismo religioso, onde o Homem tenta encontrar uma resposta e uma tranquilidade para si mesmo, resposta e tranquilidade estas que teimam a não ser encontradas.
E entenda-se por fanatismo, não só aqueles que cegos pela doutrina cometem actos bárbaros, mas aqueles que teimam em procurar a água na fonte já seca.

É altura de uma nova fonte ser colocada a céu aberto nesta terra, para que a sua água faça de novo florescer a arvore seca. Essa fonte não está encerrada num lugar físico, mas num lugar mental, no Altruísmo do Homem.

Só assim se vence a angústia. Que o Homem se aventure na descoberta dos Valores que possui, Esses valores que carregados com o verdadeiro Amor, o integram e o elevam aos prados verdes e aos jardins da felicidade.

É tempo, É tempo.